Médicos ingleses querem que a lei seja atualizada. Hoje é proibido executar o que eles chamam de “suicídio assistido” ou “morte assistida”.
“Eu acho que sofrer é muito mais do que uma situação médica. Existe a noção de que o sofrimento pode ser controlado por medicamentos e cuidados médicos. Acho esta uma noção falsa.” A revista médica britânica BMJ publicou esta declaração de Pauline Smith, que é uma autoridade de saúde na Inglaterra.

Morrer naturalmente? Ainda existe isso? Médicos ingleses querem mudar a lei e permitir o "suicídio assistido" para pacientes terminais ainda conscientes. Photo: http://www.noelhenley.com
Pauline é parte de uma comissão independente de saúde pública que trabalha para facilitar a “morte assistida”, em que é prestada a assistência médica para pessoas que estão morrendo, em estado terminal mas ainda conscientes, a praticarem o suicídio. A comissão quer propor mudanças a atual legislação, relata o BMJ.
Muitos ingleses compartilham o ponto de vista dos membros da comissão. Muitos médicos ingleses são favoráveis a “morte assistida”. Um novo grupo chamado “Dignidade ao Morrer: profissionais da saúde pela mudança” quer desafiar a Associação Médica Britânica e uma série de faculdades de medicina no seu posicionamento quanto a morte assistida para pessoas portadores de doenças que as levaram ao estado terminal.
Parte do público inglês já manifestou seu apoio a ideia da “morte assistida”. De acordo com um instituto de opinião pública britânico, 82% das pessoas pesquisadas apóiam a prática da “morte assistida”, conforme o relatório da BMJ.
A diferença da morte assistida para a eutanásia, é que nela o paciente tem um papel mais ativo. Neste caso a dose letal de medicamento é aplicada pelo paciente nele mesmo, com a assistência de um médico. O papel do médico se restringiria a prescrever a dose de medicamento que dá fim a vida a um adulto em perfeito estado de consciência e em fase terminal, por seu próprio pedido.
Source: www.thehindu.com